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Para saber como funciona a mente de um dependente químico, precisamos considerar que a dependência química é uma doença e jamais deve ser tratada com negligência ou frescura. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera-se dependente químico as pessoas que consomem drogas lícitas e ilícitas e sem controle.

Como consequência, a pessoa desenvolve uma série de problemas para si e para a sociedade, pois os seus transtornos mentais e físicos podem criar situações graves e irreversíveis. 

Nesse sentido, tanto a conduta do usuário de drogas muda. Vamos entender um pouco mais sobre essa temática? Continue a leitura deste conteúdo. Nele, você aprenderá um pouco mais sobre como funciona a mente de um dependente químico. Vamos lá? Boa leitura!

Negligência e desonestidade 

O dependente químico, devido às reações que o seu organismo enfrenta pela abstinência e/ou uso de drogas, torna-se, muitas vezes, negligente e desonesto — mesmo que não tenha essa intenção.

Ele começa a mentir com frequência e essas mentiras começam a se tornar cada vez maiores. 

Inclusive, a mentira é um dos principais sinais da dependência, pois, visando fazer com que os seus familiares não descubram o vício (ou simplesmente parem de “incomodar”), o dependente mente com quem e onde estava, o que estava fazendo e muito mais. 

Dessa forma, ele vê, nas mentiras, uma alternativa para justificar a ausência aos seus compromissos (como falta no trabalho, escola, dentre outros). 

Além disso, nesse mesmo cenário, precisamos entender que o dependente precisa de dinheiro para arcar com os seus vícios.

Portanto, ele começa a mentir mais ainda aos seus familiares, conhecidos, amigos, colegas e comunidade, pois ele precisa de verba financeira para arcar com o custo das drogas. Assim, muitas vezes, ele começa a usar argumentos falsos para tentar manipular as pessoas ao seu redor.

Afinal, ele não pode dizer que precisa do dinheiro para usar drogas, certo? Então, ele começa a inventar histórias com o objetivo de comover as pessoas e fazer com que elas o ajudem.

Normalmente, o dependente químico começa aos poucos: começa a sumir o troco do mercado, o salário “evapora” rapidamente, pede dinheiro para pagar uma dívida e até mesmo se oferecer para pagar um boleto de um amigo (o dinheiro some e o boleto não é quitado). 

Descontrole financeiro

O dependente químico usa as drogas para tentar fugir de uma dura realidade, buscando gatilhos para o prazer imediato. Assim, usa substâncias nocivas para aliviar a sua dor vivenciada no dia a dia.

Por conta disso, mesmo que ele tenha um trabalho fixo, quando a situação começa a fugir do controle — pois precisamos lembrar que ele precisa cada vez de mais e mais drogas — o descontrole financeiro também acontece. Afinal, ele não consegue mais administrar o seu dinheiro e compreender o que é certo ou errado.

Assim, usa o dinheiro que tem (ou rouba) para arcar com os vícios e começa a deixar de lado situações importantes, como comprar comida para se alimentar, pagar a escola dos filhos, dentre outros. Isso tudo começa a virar uma “bola de neve” e o dependente químico, cada vez mais endividado.

Alterações bruscas no comportamento

Às vezes você vai estar na companhia do dependente químico e nem perceber que há algo errado, pois ele está feliz, otimista e, muitas vezes, até sabendo que precisa de um tratamento e consciente de que precisa mudar.

No entanto, de uma hora para outra isso muda. Isso acontece porque é muito comum acontecer alterações bruscas no comportamento em um dependente. Sentimentos de culpa, melancolia, depressão e tristeza profunda também acontecem, assim, de uma hora para a outra.

Além disso, não podemos deixar de citar que o dependente químico se torna cada vez mais agressivo, como uma resposta do uso de drogas do seu organismo. 

Afinal, ele usa drogas, mas precisa esconder ou mascarar isso de alguma maneira. Assim, sempre que é questionado, ele não gosta, fica irritado e não aceita quando alguém vem dar conselhos sobre como ele deveria conduzir a sua vida.

Da mesma maneira, a agressividade também acontece quando ele não tem acesso às drogas. O estado de abstinência é muito grave, pois o dependente não consegue mais assimilar o que é certo e o que é errado e faz qualquer coisa para obter as drogas.

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Mudança de atividades e amizades

A mudança de rotina de um dependente químico muda, assim como o seu círculo de amizades. Afinal, ele vai buscar estar sempre rodeado de pessoas que possam ajudar a conseguir as drogas quando precisar. Então, começa a ter amizades suspeitas e se afastar dos seus amigos e familiares que costumava ter uma boa relação.

Além disso, o cérebro de um dependente químico se acostuma com a substância. Por conta disso, ele quer sempre ficar perto de quem possa ajudar a não enfrentar o processo de abstinência, pois quer ficar cada vez mais em contato com pessoas (e substâncias) que possam, de alguma maneira, promover mais bem-estar.

Diminuição do rendimento no trabalho e nos estudos

O cérebro de uma pessoa que não usa drogas e que está sadio, funciona de uma maneira natural e fluída. Assim, a pessoa tem uma vida normal, sabe diferenciar o certo do errado, consegue enfrentar os seus problemas de uma forma objetiva e realiza atividades que possam lhe trazer mais qualidade de vida e felicidade. Dessa maneira, a rotina flui naturalmente.

Entretanto, o cérebro de uma pessoa dependente está adoecido devido às reações causadas pelo uso abusivo de substâncias. Isso faz com que ele não consiga mais ter uma rotina considerada normal, não sabe enfrentar os seus problemas e não entende mais o que está certo e errado. Os pensamentos ficam embaralhados e sem uma ordem lógica, assim, fica muito difícil raciocinar.

Por conta disso, o cérebro fica cada vez mais viciado em sempre proporcionar gatilhos para que o dependente procure às drogas para promover sentimentos de conforto, prazer e bem-estar. Assim, o dependente sente que precisa desse estímulo externo para sobreviver. Infelizmente, isso vira um looping de uso em que a pessoa não percebe, mas fica cada vez mais difícil de quebrar.

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A mente do dependente químico sofre mudanças como afastamento da família, mudanças de humor entre outros.

Afastamento da família

Um dependente de drogas, como vimos, começa a se afastar da sua família e dos seus amigos. Essa perda de vínculos acontece porque ele não quer receber conselhos de ninguém, tampouco ser julgado ou mal compreendido.

Se a dependência estiver em um estágio mais avançado, inclusive, fica mais difícil ainda, pois ele começa a não se importar com as pessoas próximas ou conhecidas. Para ele, elas se tornam indiferentes, assim, os vínculos familiares vão se perdendo cada vez mais e isso vai se tornando extremamente preocupante.

Afinal, a base familiar e os amigos são muito importantes na fase de tratamento e recuperação de um dependente químico.

Gostou de aprender um pouco mais sobre como funciona a mente de um dependente químico?

Se sim, aproveite e complemente o seu estudo sobre o assunto, conferindo também: o que é bom para parar de usar droga? Boa leitura!