Depressão e dependência química, tem relação?

Muitas pessoas não sabem, mas depressão e a dependência química podem estar relacionadas. Elas acontecem em duas situações: quando o dependente químico desenvolve a depressão devido ao uso abusivo de substâncias nocivas; e quando a pessoa depressiva procura nas drogas uma forma de “cura”.

No entanto, já de início de conversa, salientamos: existe tratamento tanto para a depressão quanto para a dependência química (que também é uma doença), mesmo que ambos os processos estejam relacionados. 

Venha conosco para entender mais sobre esse assunto. Boa leitura! 

O que é depressão?

Antes de falarmos sobre a sua relação entre a dependência química, precisamos ressaltar que a depressão é um distúrbio mental que provoca uma série de alterações neuroquímicas no cérebro. Dessa forma, o paciente sofre pela perda do interesse nas suas atividades diárias e tem um sofrimento psíquico muito grande.

Os principais sintomas da depressão são: melancolia, irritabilidade, cansaço, baixa autoestima, crise de choro, desânimo, pensamentos suicidas e comportamentos destrutivos. 

Dessa maneira, ela é uma doença muito séria e, infelizmente, muitas pessoas a negligenciam e a relacionam apenas como uma “fase ruim” e “mau humor”. Porém, se não tratada, pode levar o paciente ao suicídio. 

Como a depressão se relaciona com a dependência química?

Uma pessoa que nunca experimentou drogas na vida, ao ter depressão, pode buscar nelas uma forma de conforto. Dessa maneira, passa a utilizar substâncias nocivas para ter momentos de prazer e encontrar o sentido da sua vida.

As pessoas com depressão estão mais propensas a desenvolver algum tipo de dependência, seja pelo uso de álcool, cigarro ou drogas pesadas. Isso acontece porque elas percebem que esses momentos apresentam uma solução momentânea aos seus problemas.

Normalmente, o indivíduo começa com o uso do álcool e cigarro, pois são drogas encontradas em qualquer ambiente. Ele pode ficar nesse patamar ou evoluir para drogas mais pesadas, quando sente que apenas o cigarro e o álcool não estão mais satisfazendo as suas necessidades de conforto e prazer.

• Nota de esclarecimento: o que falamos até aqui não significa que todas as pessoas com depressão farão o uso de drogas. Com o tratamento especializado adequado, o paciente pode ter uma vida normal longe das drogas. No entanto, este conteúdo é específico para falar sobre a relação entre a dependência química e a depressão, está bem?

Como a dependência química se relaciona com a depressão?

Uma pessoa se torna dependente química por diversos motivos. Nem sempre a depressão é o gatilho para o uso de drogas. Afinal, uma pessoa pode experimentar drogas por curiosidade, influência, dentre outros inúmeros motivos.

Porém, o uso de substâncias químicas pode tornar o paciente mais depressivo, principalmente devido à abstinência da droga. Dessa forma, quando o efeito da droga começa a passar, o usuário se sente deprimido e triste. 

Por isso, acaba investindo em doses maiores e com intervalo menor entre elas, como uma maneira de ficar longe da depressão e das suas consequências — o que se torna extremamente perigoso para si e para a sociedade.

Qual é o melhor tratamento para a depressão e a dependência química?

O melhor tratamento para a depressão relacionada à dependência química é investir em uma clínica especializada no assunto. Afinal, é necessário o acompanhamento de uma série de profissionais da saúde (médicos, terapeutas, nutricionistas, enfermeiros, psicólogos, psiquiatras, dentre outros) para realizar um diagnóstico completo.

O diagnóstico correto é o primeiro passo para avaliar a saúde do paciente como um todo e guiar o tratamento. Portanto, se você conhece alguém que tem depressão e usa drogas (ou usa drogas e está com depressão), não hesite em procurar um apoio especializado para ajudar quem você ama. 

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