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A internação involuntária é sempre o último recurso. Normalmente, as famílias pensam nessa possibilidade somente quando já tentaram de todos os métodos possíveis e imaginários e não conseguiram reverter a dependência química.

Porém, quando o dependente chega em uma clínica contra a sua vontade — e por ser o último recurso — a sua saúde física e mental já está completamente debilitada. 

Por isso, o tratamento se torna muito mais difícil, demorado e, muitas vezes, ineficaz. 

Para você compreender mais e refletir conosco sobre o assunto, elaboramos este conteúdo. Nele, você vai entender o porquê a internação involuntária é considerada o último recurso — assim como os motivos pelos quais você não deve esperar por ela.

Venha conosco e saiba mais! Boa leitura!

O que é a internação involuntária?

Quando você procura por uma clínica para dependentes químicos, há sempre duas alternativas de internação drogas:

  • voluntária: quando o próprio dependente compreende a sua situação e, motivado pelos amigos e familiares, decide procurar ajuda;
  • involuntária: quando o dependente não quer ser internado, não tem interesse em viver longe das drogas e a família o interna contra a sua vontade — principalmente por oferecer risco contra ele ou a outras pessoas.

Por que a internação involuntária não é uma prática recomendada?

Embora haja essa possibilidade, a internação involuntária não é uma prática que recomendamos e vamos mostrar motivos. Continue conosco!

Porque a família adiou demais a decisão da internação

Internar uma pessoa querida é sempre uma decisão difícil. Então, quando a família opta por fazer isso contra a vontade do dependente é porque, muitas vezes, já é tarde demais.

Os pais colocam um filho no mundo, sempre torcem e acreditam que ele será uma pessoa do bem e terá sucesso na busca dos seus sonhos. Quando isso não acontece e ele se torna um dependente, é muito difícil e os pais  não sabem lidar com essa situação.

Em um determinado momento — e, muitas vezes, ele demora muito para acontecer — os pais percebem que a realidade é outra. 

Em muitos casos, os pais demoram MUITO para entender essa situação, pois mascaram um processo ilusório de que é algo passageiro e que o filho conseguirá sair dessa logo.

Inclusive, alguns pais só começam a acreditar nessa dura realidade quando a situação está terrível, quando realmente não aguentam mais. 

Então, partem para a decisão da internação involuntária. Só que como isso demorou muito para acontecer, o dependente químico chega completamente debilitado na clínica. Por isso, o tratamento se torna muito mais difícil para todos.

Porque não há mais respeito pelos pais e pela sua vida

Quando falamos que somos contra a internação involuntária é porque sabemos que ela é o último recurso para as famílias. 

Ela acontece quando os pais não têm mais o poder sobre o filho, quando eles não conseguem convencê-lo de que a internação e a vida longe das drogas é o melhor caminho.

Então, na internação involuntária, o dependente não tem mais respeito pelos pais, tampouco, com a sua vida. Assim, é uma situação muito crítica.

Para que o tratamento da dependência química tenha um bom resultado, é preciso que haja um respeito entre pais e filhos. Afinal, os pais precisam ter voz ativa com o filho. Então, é essencial que haja respeito, pois esses critérios contribuem (e muito) com o sucesso do tratamento.

>> Leia também: O que fazer quando o dependente recusa o tratamento?



Precisa de ajuda?

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Porque é uma negligência da família

Precisamos considerar que a dependência química é uma doença que precisa de tratamento urgente — como qualquer outra. Se o filho tem uma dor forte no estômago, você não o leva para o hospital? Se ele tem diabetes, você não busca o melhor tratamento?

Pois bem. Com a dependência química esse processo também precisa acontecer, pois o dependente precisa de tratamento.

Além disso, o dependente químico está doente e não tem mais o discernimento para saber o que é certo, o que é errado e o que é melhor para ele. Portanto, é a família que precisa intervir e quanto antes, pois a internação é sempre a melhor solução — e, infelizmente, precisamos te dizer: você não pode fugir disso!

Segundo Alexandre Castanheira, “Se os pais deixarem passar muito tempo somente assistindo à deploração do filho, vejo que a culpa não é bem do voluntariado, mas, sim, da família que ficou procrastinando até não ter outro jeito — o filho vai morrer ou matar uma pessoa”.

Geralmente, as  famílias acabam sendo negligentes e procurando ajuda no último momento, quando o dependente já está quase morto, com a saúde mental, física e espiritual totalmente conturbada.

Portanto, para ter um bom resultado na internação, a família tem que fazer a sua parte.

Porque a situação do dependente químico está muito precária

O paciente internado de forma involuntária já está muito perturbado mentalmente, fisicamente e espiritualmente. 

Então, ele está em uma situação muito precária, pois marca o momento que a família chega no fundo do poço e vê a internação como se fosse último respiro.

Porque o tratamento é muito mais complexo

Há uma diferença absurda quando o paciente entra na clínica de forma voluntária do que quando ele é obrigado pela família. Não podemos deixar de ressaltar que o efeito do tratamento é muito diferente.

Para você ter uma ideia, quando o tratamento é voluntário, o efeito e os resultados começam muito mais cedo do que na internação involuntária.

E você não precisa ficar com medo ou receio da internação (não há motivos para isso). Afinal, houve um avanço na recuperação do dependente. Hoje, as técnicas, métodos e medicações estão muito mais avançadas e podem ajudar no tratamento. Mas, para isso, é preciso buscar ajuda o quanto antes.

Portanto, não deixe para o último momento. Se você conhece um ou é um dependente químico, procure ajuda de forma imediata. Lembre-se: o depois pode ser tarde demais. A internação é sempre a melhor alternativa para os casos de dependência química.

Venha conversar conosco e entender melhor sobre como funciona a internação na Clínica Huxley. Temos certeza de que você vai gostar muito do que vamos apresentar.