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Estou aqui pensando de quando era criança, no meu passado, como era… As coisas eram pra mim!

Sou filho de educadores, meu pai sempre lutou muito, 5 filhos e naquela época ele era empregado e minha mãe também. Buscando um espaço para dar o melhor para família constituída, mas era tudo com muita luta, dos dois para sustentar 5 filhos.

Em casa de final de semana era uma macarronada com frango ou um nhoque preparado por ela mesma. O filãozinho não existia, pq ela fazia pão para que se comesse durante toda semana, o doce era feito no tacho no fundo do quintal, no fogão a lenha.

Me lembro também que ela tinha uma lata com serragem dentro e ela colocava uma garrafa no meio e ateava fogo para aquela serragem queimar devagar, para poder preparar um doce ou até mesmo ferver a roupa.

A dificuldade que minha mãe tinha para criar aqueles 5 filhos, sem empregada doméstica. Tenho 3 irmãos mais velhas, ela ajudavam, eu tinha meus afazeres tb, era carpir a horta, varrer o quintal de terra, para juntar as folhas para usar como adubo nas mangueiras.

Cada um tinha suas obrigações, é era obrigado a fazer, para poder ter um lazer , para poder brincar na rua, para merecer um presente, como presente de aniversário.

Meu pai fazia a reunião e perguntava – “Merece o presente?” – e qual tipo de presente , era um melhor um mais fraco. Para você ver como é que era!

Em casa era tudo muito regrado, pois não tínhamos dinheiro, as roupas das minhas irmãs passavam da mais velha para as mais novas. Eu recebia roupa doadas de primos mais velhos, minha avó era costureira e ela criava roupa para nós.

A única roupa comprada era o uniforme de escola, que era exigido, era um sacrifício grande para comprar a roupa e pagar escola pra mim e pra minhas irmãs, mas por muitos anos estudaram em escola estadual.

Minha mãe sendo diretora de uma escola preferia que não fosse aluno da mesma escola para não gerar super proteção.

Lanche era um pão feito em casa com margarina e um suco em pó. E todo mundo viveu assim passando por várias doenças, sarampo, catapora, febre mas todos nós crescemos fortes e sadios.

Mas estou ficando preocupado, pois eu trabalho com vidas com pessoas, estamos com uma geração de pessoas fracas, adolescentes de 22 e 23 anos fracos, sem poder de decisão, sem garra, morto, com seus vinte e poucos anos.

Mas porquê disso? A culpa é nossa!

Como aquela frase dita: “eu não quero que meus filhos passem por aquilo que passei”

esse é o pior erro nosso, pq em cima daquela situação que passamos , aprendemos a se superar. E então facilitando demais para nossos filhos nós o deixamos preguiçosos, sem poder de superação.

São muito inteligentes, tem facilidades com internet, mas na tomada de decisão se você não estiver do lado dele para ajudar na decisão, eles se perdem.

Eu tenho atendido famílias, sinto pena é uma judiação, com toda capacidade, com toda uma estrutura familiar e financeiro, com oportunidades boas na vida mas que estão perdidos.

Pai, mãe perdidos e filhos mais perdidos ainda, pois já vem com toda uma facilidade, porque onde o avô acreditou que os filhos não deveriam passar pelas mesma dificuldades.

Estou com 56 anos e já sou avô de um neto de 7 anos, e eu vejo que se eu não prestar atenção e se eu não orientar meu filho que é pai desse neto, ele não vai ter força.

Eles não obedecem, não tem limites, eles querem fazer quando e onde eles querem fazer, mas eu nunca pude ser assim. 

Graças a Deus que nunca pude ser assim, pois eu tenho superado várias dificuldades, superado diversas situações que nem eu acreditaria ser capaz. E com essa geração fraca vindo aí, álcool e drogas irá tomar conta.

Temos que ser mais duros, mais exigentes, não fazer tudo que eles querem, saber colocar limites.

Tenho internos que não possuem limite com nada! Eles acham que podem tudo, acham que são melhores, acreditam que o dinheiro compram tudo.

Totalmente sem limites!

E na hora que você aperta eles ficam de birra, homens de 30 e 40 anos com birra, chamando pela mãe, como se fosse uma criança de 12 anos.

As vezes posso estar totalmente equivocado devido ao meio que vivo, devido ao meu trabalho que realizo, se vcs possuem uma visão diferente da minha.

Me ligue, me conte, me de uma pouco mais de sabedoria e discernimento para enxergar e continuar tendo força para essa luta minha.

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