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Em nossas vidas existem fases e momentos muito difíceis, e isso é normal na vida de qualquer pessoa. Em muitos casos, a depressão, insônia e a ansiedade fazem com que o médico receite um remédio mais forte para dormir, o que pode ser importante em um primeiro momento para ajudar na resolução do problema. Porém, muitas pessoas fazem uso contínuo de remédios tarja preta sem autorização ou acompanhamento médico.

Apesar de parecer resolver o problema, os remédios de tarja preta podem causar , em longo prazo, problemas sérios para a saúde. Os medicamentos desse segmento têm alto poder sedativo e muitas vezes viciantes e agem sobre o sistema nervoso. Nesse artigo conheça alguns perigos do uso contínuo desses medicamentos.

Consequência do uso continuo

O uso continuo dessas medicações aumenta o risco de resultados indesejáveis, como prejuízos cognitivos (incluindo memória, atenção sustentada), quedas, acidentes domésticos e automobilísticos, desenvolvimento de quadros de dependência fisiológica e de síndrome de dependência. Essas medicações não devem ser autoadministradas sem o acompanhamento de um médico capacitado. Em situações onde um indivíduo faz uso dessas medicações sem orientação médica e indicação precisa, os riscos para desenvolver problemas aumentam sobremaneira.

De fato, a maioria das pessoas que faz uso de remédios de tarja preta está procurando alívio para ansiedade ou mesmo indução do sono. Com o uso continuado, muitos usuários terão dificuldades para cessar o consumo, principalmente devido aos sintomas da síndrome de abstinência e recrudescência dos sintomas iniciais que motivaram o uso da droga. É importante destacar, também, que essas medicações são comumente utilizadas por pessoas que já consomem outras substâncias psicoativas, como opioides, álcool, cocaína etc, como uma forma de driblar sintomas de inquietação, taquicardia, tremores etc. A combinação dessas substâncias, sem qualquer critério, finalidade terapêutica e supervisão profissional especializada, pode ser fatal.

Ansiolíticos e tranquilizantes: relação com Alzheimer

Os chamados remédios benzodiazepínicos, como ansiolíticos e tranquilizantes, passaram por um estudo que faz uma relação entre seu uso e o desenvolvimento da doença de Alzheimer. Uma pesquisa publicada no British Medical Journal não afirma que essa relação seja direta, mas certamente fortalece a teoria médica de que o medicamento e a doença estejam relacionados.

O grupo constatou que o uso de ansiolíticos e tranquilizantes por mais de três meses pode aumentar em até 51% as chances de desenvolvimento de Alzheimer ou apresentar algum sintoma inicial da doença, como ansiedade, depressão, desordens no sono ou demência.

Ritalina: vício e problemas cardíacos

Nos dias atuais, destacar-se por sua competência, inteligência e produtividade é o que faz alguém subir de cargo em sua empresa e ser reconhecido pelo trabalho. Porém, a competitividade do mercado acabou interferindo na saúde de muitas pessoas, que começaram a usar a Ritalina, substância indicada para quem sofre de Transtorno de Déficit de Atenção, para melhorar sua performance.

O remédio, no início, ajuda a melhorar a concentração e a esquecer o cansaço, parecendo um verdadeiro milagre em tempos de competição por destaque no mercado de trabalho. Porém, quando usada em longo prazo e fora de prescrição médica, ela pode trazer consequências como tremores, crises de abstinência, sudorese, boca seca, aumento da pressão arterial, insônia, pânico, crises de ansiedade e até convulsões.

Clonazepam: Ansiedade e pânico

O Clonazepam (Rivotril) é um remédio utilizado para tratar transtornos psicológicos e neurológicos, como crises epilépticas ou ansiedade, devido à sua ação anticonvulsivante, relaxamento muscular e tranquilizante.

Os efeitos colaterais mais comuns incluem sonolência, dor de cabeça, cansaço, gripe, depressão, vertigem, irritabilidade, insônia, dificuldade para coordenar movimento ou caminhar, perda de equilíbrio, náuseas, e dificuldades de concentração. Além disso, o Clonazepam pode causar dependência física e psicológica e causar crises epilépticas em sequência rápida, quando usado de forma excessiva e incorreta.

O Clonazepam está contraindicado em pacientes com alergia aos benzodiazepínicos ou a qualquer outro componente da fórmula, e em pacientes com doença grave dos pulmões ou fígado, ou glaucoma agudo de ângulo fechado.

Remédios ansiolíticos e dependência

Voltando aos ansiolíticos, a classe ainda apresenta um grande problema em relação ao uso contínuo e aos efeitos colaterais. Dentre eles, estão amnésia temporária e dificuldade de concentração. Além disso, os benzodiazepínicos contêm substâncias que podem causar a dependência química.

Esse tipo de remédio deve ser usado com acompanhamento médico e seu uso normalmente não ultrapassa três semanas. No entanto, alguns profissionais entregam a receita ao paciente e orientam que tomem o medicamento apenas durante uma crise grave.

Por causar dependência química, é importante que esse tipo de medicamento também seja retirado com prudência. Jamais se deve interromper abruptamente seu uso, mas sim obedecer às orientações médicas e reduzir a quantidade aos poucos.

O uso contínuo de remédios tarja preta pode resolver os problemas em um primeiro momento. Porém, é importante lembrar que eles têm diversos efeitos colaterais que podem ser muito piores para sua saúde. Lembre-se que são substâncias fortes, que trabalham na ação química do cérebro e tratam desordens profundas, mas que devem ser usados com cuidado. Consulte sempre seu médico antes de usar, faça perguntas e obedeça a receita para não sofrer os efeitos colaterais.

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